quarta-feira, 20 de agosto de 2008


Já tinha dito k esta treta de andar de comboio dá uma vontade incontrolável de escrever?
Acho k já escrevi isso algures…
Hoje não estou muito inspirada…mesmo não estando parece k se tornou um habito( peculiar ou não)pegar na caneta e rabiscar á minha vontade….
Não precisa necessariamente de fazer sentido não é isso k procuro fazer…
Escrever, para mim, tem a maior parte das vezes um efeito expiador o chamado efeito catarse …
Como se a escrita sugasse das minhas entranhas todo o mal k me atormenta a cada letra …
Confesso k nos últimos tempos a minha mente me tem feito escrever coisas demasiado …. melancólicas até lamechas….enfim …. todos nós temos fases… k conste k não me pretendo libertar dessa fase mas hoje decidi voltar as raízes… á fria, má, e promíscua Eu…
Bom…
Hoje, ouvi uma expressão k me intrigou, vomitada por Rui Reininho da autoria de alguém k não me lembro o nome....
“Sex betwin friends are a way to shake hands” something like that…
Curiosa a expressão….
PLIMMMM!!!!!!
Ainda k nos últimos tempos o meu lado ninfomaníaco tenha perdido terreno facto é k de á 2 anos e qualquer coisa pra cá não tenho feito mais do k cumprimentado “amigos” com tanta frequência quanto possível…
Chocante?
Poupem-me!
Chocante e extraordinário é achar em pleno sec. XXI, no auge da revolução tecnológica, na era em k tudo é potencialmente possível, k sexo seja sinonimo de promiscuidade…
Puro sinal de ignorância…
Reparem na disparidade…o homem nos dias k correm mais omnipresente e omnipotente do k outrora é capaz de dos maiores feitos a todos os níveis mas ainda assim continua a cometer erros crassos…
Insistem eles k mulher k é mulher não pode gostar de sexo, mulher k é mulher tem k achar a palavra repugnante…
Mais, insistes em escolher esses pequenos elfos pra suas legitimas esposas…
Porquê?
Não tenho a mais ínfima ideia….
Meus caros, sexo e fidelidade são duas coisas distintas mas são absolutamente compatíveis sabiam?
Se o k vos atormenta é a associação ridícula e Neandertal de que quem gosta de sexo jamais poderá se fiel desenganem-se, gostar de sexo não tem nada k ver com falta de carácter…
Temo k com esta visão dos factos daki a dez anos não serão mais do k pais de família completamente psicóticos daqueles k teimam em manter a todo o custo as aparências e k depois… ups …dão invariavelmente aquelas facadas fatais no matrimónio….
Nada mais a dizer senão RIDICULO….
Lembrem-me mais tarde para definir fidelidade talvez vos abra a mente...


sábado, 16 de agosto de 2008

Fim...


Recordo o passado de ti, de nós….
Não recordo com tristeza, mas com saudade….
Oiço em mim os pedaços que te entreguei…voltaram…sinto-os renascer no meu corpo…lentamente…Os teus?! Soltei-os ao vento…chegarão a ti em breve…
Trago a vida na palma da mão…
Vai morrendo, lentalmente, sem ar, sem brilho…
Talvez seja assim que tragas a tua.talvez…talvez por isso nunca houvesse espaço para “nós”…
Tantas noites esperei por ti…Sempre vieste, sempre chegaste com desejo insasiavel, com palavras ternurentas, talvez só palavras ausentes, com sentido aparente mas sem sentido efectivo…
O fardo de não te ter, de não te beijar, de não sorrir contigo é árduo mas suportável…
Ainda assim recordo os nossos corpos naquela noite de verão recordo o prazer saciado á luz da lua, por entre letras …muita poesia aos olhos de quem sente de quem quer sentir…
È o fim…uma história para sempre incompleta…melhor assim...talvez seja melhor assim…
Recordo-te com saudade …Saudade de nunca te ter tido…

sexta-feira, 15 de agosto de 2008


Não consigo deixar de pensar se aprovarias aquilo em que me tornei…
Suponho que não, já não sou a tua “princesa”….
Agora sou apenas um corpo vazio de espírito, incapaz de sentir….
Incapaz de partilhar aquilo que sou…



Não sei se o ame…
Não sei se resista ao seu olhar terno, sua voz penetrante, a sua pele macia….
Estou farta de pensar com sanidade ,farta de tentar avaliar o que está certo ou errado…
Tenho sede dele, fome daquilo que ele é…
Mas é mais fácil fugir, negar o quanto ele me perturba….
Talvez me convença disso mesmo…
É talvez….
Apesar de amar tudo aquilo que ele é …. Não o amarei….
Simplesmente por não posso, não quero…
Tira-o de mim!
Faz-me ver aquilo que ele não é ….
Pergunta-lhe porque voltou...
Diz-lhe que deixe de me seduzir a cada segundo....
Diz-lhe que pare de me abraçar a alma….
Diz-lhe tu que não o amo…
Não consigo nega-lo mais…
MISS YOU BRAVE ONE!!!!

terça-feira, 12 de agosto de 2008

"Adiamento" Álvaro de Campos


Depois de amanhã, sim, só depois de amanhã... Levarei amanhã a pensar em depois de amanhã, E assim será possível; mas hoje não... Não, hoje nada; hoje não posso. A persistência confusa da minha subjetividade objetiva, O sono da minha vida real, intercalado, O cansaço antecipado e infinito, Um cansaço de mundos para apanhar um elétrico... Esta espécie de alma... Só depois de amanhã... Hoje quero preparar-me, Quero preparar-rne para pensar amanhã no dia seguinte... Ele é que é decisivo. Tenho já o plano traçado; mas não, hoje não traço planos... Amanhã é o dia dos planos. Amanhã sentar-me-ei à secretária para conquistar o mundo; Mas só conquistarei o mundo depois de amanhã... Tenho vontade de chorar, Tenho vontade de chorar muito de repente, de dentro...
Não, não queiram saber mais nada, é segredo, não digo. Só depois de amanhã... Quando era criança o circo de domingo divertia-rne toda a semana. Hoje só me diverte o circo de domingo de toda a semana da minha infância... Depois de amanhã serei outro, A minha vida triunfar-se-á, Todas as minhas qualidades reais de inteligente, lido e prático Serão convocadas por um edital... Mas por um edital de amanhã... Hoje quero dormir, redigirei amanhã... Por hoje, qual é o espetáculo que me repetiria a infância? Mesmo para eu comprar os bilhetes amanhã, Que depois de amanhã é que está bem o espetáculo... Antes, não... Depois de amanhã terei a pose pública que amanhã estudarei. Depois de amanhã serei finalmente o que hoje não posso nunca ser. Só depois de amanhã... Tenho sono como o frio de um cão vadio. Tenho muito sono. Amanhã te direi as palavras, ou depois de amanhã... Sim, talvez só depois de amanhã...
O porvir... Sim, o porvir...

"Aniversário" Alvaro de Campos



No tempo em que festejavam o dia dos meus anos, Eu era feliz e ninguém estava morto. Na casa antiga, até eu fazer anos era uma tradição de há séculos, E a alegria de todos, e a minha, estava certa com uma religião qualquer.
No tempo em que festejavam o dia dos meus anos, Eu tinha a grande saúde de não perceber coisa nenhuma, De ser inteligente para entre a família, E de não ter as esperanças que os outros tinham por mim. Quando vim a ter esperanças, já não sabia ter esperanças. Quando vim a.olhar para a vida, perdera o sentido da vida.
Sim, o que fui de suposto a mim-mesmo, O que fui de coração e parentesco. O que fui de serões de meia-província, O que fui de amarem-me e eu ser menino, O que fui - ai, meu Deus!, o que só hoje sei que fui... A que distância!... (Nem o acho... ) O tempo em que festejavam o dia dos meus anos!
O que eu sou hoje é como a umidade no corredor do fim da casa, Pondo grelado nas paredes... O que eu sou hoje (e a casa dos que me amaram treme através das minhas lágrimas), O que eu sou hoje é terem vendido a casa, É terem morrido todos, É estar eu sobrevivente a mim-mesmo como um fósforo frio...
No tempo em que festejavam o dia dos meus anos ... Que meu amor, como uma pessoa, esse tempo! Desejo físico da alma de se encontrar ali outra vez, Por uma viagem metafísica e carnal, Com uma dualidade de eu para mim... Comer o passado como pão de fome, sem tempo de manteiga nos dentes!
Vejo tudo outra vez com uma nitidez que me cega para o que há aqui... A mesa posta com mais lugares, com melhores desenhos na loiça, com mais copos, O aparador com muitas coisas - doces, frutas, o resto na sombra debaixo do alçado, As tias velhas, os primos diferentes, e tudo era por minha causa, No tempo em que festejavam o dia dos meus anos. . .
Pára, meu coração! Não penses! Deixa o pensar na cabeça! Ó meu Deus, meu Deus, meu Deus! Hoje já não faço anos. Duro. Somam-se-me dias. Serei velho quando o for. Mais nada. Raiva de não ter trazido o passado roubado na algibeira! ...
O tempo em que festejavam o dia dos meus anos!...

No silencio da noite espero-te olhando as estrelas, por maior que seja o universo eu sei onde te encontrar…
O desejo queima-me as entranhas, este corpo que habita a minha alma está ávido por sentir a tua pele morena.
Deixo-me ficar quieta, sentada esperando, adivinhando o instante em que chegaras de mansinho para me tocar a alma.
É então que o teu olhar doce surpreende o meu finalmente…
O tempo…esse não nos escapou dos dedos, simplesmente porque a eternidade nos pertence desde o inicio dos tempos…
Ancoraste-te em mim, os meus dedos sedentos de ti, percorrem cada milímetro do teu corpo cada detalhe…
A minha boca devora-te ansiosa!
Os nossos corpos fundem-se numa poção mágica no silêncio da noite!
É nesse exacto momento que sei k és meu por inteiro sem re-sentimentos, sem suspeitas, sem hesitações sem julgamentos…

segunda-feira, 11 de agosto de 2008


A noite oferece-me o teu corpo desnudo inanimado!
As minhas mãos tremem com receio de te acordar, a minha alma comprime-se a cada segundo de passa, ainda que saiba k tenho k te devolver a vida antes que o dia desperte….Esta noite para alem do sono k te adormeceu abriste a porta de outra dimensão, esta noite quis ter-te mais que o corpo, despertar os sentidos para alem da realidade…
Mas tu…. Tu não quiseste ver, não entraste nesse lugar esquecido, cujo caminho se encontra por de trás dos sonhos não sonhados, das emoções não sentidas
Aqui onde não entraste, somos eternos e o tempo não marca o compasso da vida.
Hoje perdi-te sem te dizer nada…

Fica!!!!


Separo as dimensões e deixo o corpo ficar na realidade!
Fica dentro de mim, somos tão mais do que uns reles segundo, vivemos muito mais alem deste universo estático…
Subitamente a lua faz uma pausa e deixa as palavras sucumbirem ao silencio!!!
Não tarda regressará e tentara entender se ficas-te,aqui ,exactamente onde te encontrei, ou se decidiste partir.... Fica onde sempre tiveste, esperando encontrar-me com a sapiência de quem esperou mil séculos …
Voltarei para te abraçar para te beijar com o sabor dos sentidos que se propagam muito para além dos corpos, onde nada mais existe para além de nós…
Fica, espera por mim porque eu já te espero desde sempre…